Artigo

Dicionário Literário Afro-Brasileiro

Publicação original: 2011por Nei Lopes

 

JOEL RUFINO DOS SANTOS

Escritor nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 1941. Conhecido a partir dos anos de 1960, quando participou da elaboração da revolucionária coleção de livros didáticos intitulada História nova, foi, por esse trabalho e por sua atuação política, várias vezes recolhido aos cárceres da ditadura militar instituída no Brasil em 1964. Mais tarde, fluente em várias formas de expressão escrita, do livro didático ao romance histórico, passou pelo teatro, pelos roteiros de televisão e pela Literatura infantil. Professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi também subtitular da Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Negras do Estado do Rio de Janeiro (1991-2), presidente da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, na qual implantou as bases do trabalho de legalização dos quilombos remanescentes em todo o Brasil, além de subsecretário de Direitos Humanos e Sistema Penitenciário do governo do Estado do Rio de janeiro, no início da década de 2000. Obras publicadas: Literatura infantil e juvenil: O caçador de lobisomem (1976); Marinho o marinheiro (1977); Aventuras País do Pinta-aparece (1977); O curupira e o espantalho (1978); Uma estranha aventura em Talalai (1979); A pirilampéia e os dois meninos de Tatipurum (1980); O curumim que virou gigante (1980); O noivo da cutia (1980); Quatro dias de rebelião (1980); Uma festa no céu (1982); O soldado que não era(1983); A botija de ouro (1984)  Cururu virou pajé(1984) O saci e o curupira (1984); Ipupiara (1985);Dudu Calunga(1986); Rainha Quiximbi (1986); Histórias de Trancoso (1987); O grande pecado de Lampião e sua peleja para entrar no céu (1987); O burro falante (1991);Gosto de África (1998), O presente de Ossanha (2000); O saci e o curupira e outras histórias (2002); El sabor da África:histórias de aqui y deallá (tradução: Lourdes Hernández Fuentes, México, (2003); Duas histórias muito engraçadas (2003). Vários desses, bem como outros textos do autor, além de saírem, às vezes, em até trinta edições, foram também publicados em revistas e áudio-livros, no Brasil e no exterior. Não-ficção para jovens: Quem fez a República? (1989); O que é racismo? (1980); Constituições de ontem, Constituinte de hoje (s/d):Zumbi dos Palmares (1985);Quando eu voltei tive uma presa: cartas para Nelson (2000). Livros didáticos: História do Brasil (segundo grau, 1991); Histórias, história (primeiro grau, quatro volumes, 1992). Obras em co-autoria: História nova do Brasil (sete volumes, 1963); Atrás do muro da noite (1991); Mataram o presidente (1996). Ficção para adultos: Crônicade indomáveis delírios (1991) Ensaio: Crônica de indomáveis delírios (1991) Ensaio: Épuras do social: como podem os intelectuais trabalhar para os pobres (2004). Além desses títulos, a vasta obra Rufino compreende ainda outros ensaios e análises históricas e políticas, traduções, livros técnicos de educação, participações em coletâneas e até mesmo obras assinadas sob pseudônimo"Pedro Ivo dos Santos" como forma de burlar a repressão policial na década de 1970. Joel Rufino dos Santos é merecidamente qualificado por OSWALDO CAMARGO (In: Araújo, org., 1988) como um "polígrafo notável”.

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